A fase presencial do Game Changers (GC) Brasil 2024 começa na próxima segunda-feira (19) e, de início, terá o principal clássico desta temporada do cenário brasileiro inclusivo de VALORANT: MIBR e Team Liquid. Pensando nisso, o VSpace conversou exclusivamente com mel, Iniciadora do próprio MIBR. Ela demonstrou confiança, projetou título e ainda afirmou que vê a sua equipe “melhor” do que a Cavalaria.
Já ganhamos da Liquid e batemos na trave na LAN, mas estamos confiantes que dessa vez vai. A gente sabe que elas são um grande desafio. Elas estão aí desde sempre, mas estamos com toda certeza preparadas para jogar contra elas e garantir o título. E, sim, acho que somos melhores que elas [Liquid]
disse mel sobre rivalidade entre MIBR e Liquid.
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A preparação para o campeonato que definirá o time representante brasileiro no mundial inclusivo envolve mais do que apenas a prática no servidor. Para Mel, o trabalho psicológico e o ambiente de equipe são cruciais para o sucesso em competições desse nível. A sinergia do time, reforçada pela experiência das companheiras, é um dos pilares da confiança da jogadora.
Evoluímos muito e a nossa staff tem um diferencial ao lado da nossa psicóloga. São pontos muito importantes porque o jogo não é só tiro, não é só tático e é muito mental também. Além disso, eu estou muito confiante. Quando estou assim, passo muita confiança para o time. O core — eu, srN e sayuri — estamos juntas desde o ano passado. Isso fortalece muito nossa sinergia
explicou mel sobre momento do MIBR para o GC.
Reflexões entre o misto e inclusivo no VALORANT
mel também trouxe à tona reflexões importantes sobre as dificuldades enfrentadas pelo cenário inclusivo de VALORANT em comparação ao competitivo misto. A equipe participou do Relegation, campeonato que deu vaga às equipes mistas para a terceira etapa do VALORANT Challengers Brasil (VCB) 2024, e acabou eliminada pela própria Liquid. Só que, segundo mel, a experiência de participar dos campeonatos mistos vai além do resultado imediato.
Para nós, particularmente, é muito bom porque é uma experiência de campeonato. Nós que não temos muitos campeonatos para termos essa experiência. É muito importante para o nosso crescimento, saber onde estamos errando e ter a possibilidade de realmente garantir uma vaga no cenário misto. Desta vez não conseguimos, mas sinto que foi muito no quase, o último jogo foi muito no mental. De modo geral, foi uma experiência muito importante, muito boa e nós também temos o potencial de buscar a vaga e de fato entrar no cenário misto
afirmou a jogadora.
Essa dificuldade de transição para o cenário misto é uma barreira comum enfrentada por jogadoras do cenário inclusivo. Segundo mel, há uma falta de investimento que prejudica tanto o desenvolvimento das equipes, quanto a busca por oportunidades de competir em um nível mais alto. Ainda assim, a jogadora acredita que, com mais apoio e visibilidade, times como o MIBR têm condições de competir em pé de igualdade com os times mistos.
Isso respinga para o inclusivo e cada vez é mais perceptível a falta de investimento tanto para o misto, quanto para o inclusivo. Vocês viam, às vezes, dez times com a organização lutando pela vaga do main event que era presencial, aí já cortou isso pela metade. Teoricamente, o misto seria o de maior relevância, mas hoje são as franquias. Ah, acredito que nós do inclusivo temos uma audiência maior que o misto, mas isso com certeza nos prejudica também. Tanto para garantir uma vaga e crescer para conseguir entrar no cenário misto, quanto o apoio para se desenvolver até chegar a esse ponto
finalizou mel.
Game Changers Brasil
O torneio brasileiro inclusivo de VALORANT retorna na próxima segunda-feira (19) com apenas quatro equipes ainda na disputa. Os times entrarão nos servidores na luta pela classificação para a terceira etapa do VCB 2024, pelos pontos de circuito que garantem vaga no Game Changers Championship, o mundial da modalidade, e por uma parte da premiação total de R$ 80 mil.
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